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Ações de Defesa Asiáticas Batem Recordes Com Rearmamento da Europa e Pressão de Trump

As ações de empresas de defesa do Japão e da Coreia do Sul atingiram níveis recordes em meio às crescentes expectativas de que países europeus buscarão armamentos asiáticos diante do aumento dos gastos militares.

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A alta foi impulsionada pelas ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reduzir o apoio militar americano aos aliados da OTAN, caso não ampliem seus investimentos em defesa.

A Hanwha Aerospace, principal fabricante de artilharia da Coreia do Sul, registrou alta de 131% no acumulado do ano, enquanto a japonesa Mitsubishi Heavy Industries avançou 28%.

  • Na segunda-feira, após o parlamento alemão aprovar um aumento nos investimentos em defesa e infraestrutura, os papéis das duas empresas subiram 6,8% e 12,2%, respectivamente.
  • Esse movimento se soma a uma valorização sem precedentes das ações do setor na Ásia desde o final de 2022, impulsionada pelo rearmamento global decorrente da guerra na Ucrânia.
  • Empresas sul-coreanas, como a Hyundai Rotem, fabricante de tanques, já acumulam valorização de 115,3% este ano, enquanto a Korea Aerospace Industries, produtora de jatos de combate, subiu 72,3%.
  • Analistas estimam que empresas da Coreia do Sul possam obter até 154 trilhões de wons (US$ 106 bilhões) em pedidos, representando cerca de 25% dos gastos ocidentais, excluindo os EUA, com armamentos.

A indústria de defesa europeia enfrenta dificuldades para expandir sua produção após anos de cortes no setor, desde o colapso da União Soviética.

  • Já a Coreia do Sul manteve capacidades industriais robustas devido à ameaça contínua da Coreia do Norte, o que lhe permitiu fabricar armamentos em grande escala e a custos mais baixos.
  • Como resultado, o país se tornou um dos 10 maiores exportadores de armas desde o início do conflito na Ucrânia.

No Japão, as empresas de defesa representam menos de 1% das exportações globais de armamentos, devido a décadas de restrições impostas pela constituição pacifista do pós-guerra.

  • No entanto, desde a flexibilização das regras sobre exportações de armas em 2014 e, mais recentemente, no final de 2023, as empresas japonesas têm se beneficiado da crescente demanda internacional.
  • A japonesa IHI, fabricante de foguetes e motores a jato, subiu 22,3% no ano, enquanto a Kawasaki Heavy Industries avançou 32,6% e a produtora de artilharia Japan Steel Works ganhou 7,5%.
  • A Mitsubishi Heavy Industries já participa do programa europeu de caças de última geração, ao lado da britânica BAE Systems e da italiana Leonardo.
  • Além disso, concorre para fornecer fragatas à Marinha australiana, enquanto a sul-coreana Hanwha adquiriu participação na construtora naval australiana Austal.

Empresas asiáticas de defesa estão cada vez mais vocalizando suas oportunidades de exportação.

  • A Mitsubishi Electric, por exemplo, aumentou suas previsões de pedidos militares para 2025, de ¥500 bilhões para ¥600 bilhões (US$ 4 bilhões), destacando os sistemas de radar como uma área promissora.
  • O Japão, que se comprometeu a elevar seus gastos com defesa para 2% do PIB até 2027, também ampliou a margem de lucro dos contratantes do setor, de 8% para 15%.
  • A pressão por mais investimentos aumentou após Trump questionar a justiça do pacto de segurança mútua entre Japão e EUA, gerando incertezas sobre a proteção americana ao país.

Enquanto isso, as ações de defesa europeias também dispararam, impulsionadas pelo crescimento dos orçamentos militares.

  • A Rheinmetall, maior empresa de defesa da Alemanha, valorizou 122,6% no ano, enquanto a britânica BAE registrou alta de 42,5%.
  • O cenário reflete a nova corrida global por armamentos, impulsionada por tensões geopolíticas e mudanças estratégicas nas alianças militares.

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