Os preços do ouro ultrapassaram a marca de US$ 3.000 por onça nesta terça-feira (19), atingindo um novo recorde de US$ 3.016,92 no início da sessão. O metal precioso vem sendo impulsionado pelo enfraquecimento do dólar e pelo aumento da incerteza econômica causada pelas políticas tarifárias do presidente dos EUA, Donald Trump.
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Esse é o segundo pico acima dos US$ 3.000 em menos de uma semana, consolidando um avanço de mais de 14% no acumulado do ano.
“Com o ouro em máximas históricas, há muita compra técnica e baseada em gráficos, já que não há resistência aparente no mercado”, explicou Edward Meir, analista da Marex.
- A valorização também foi influenciada pela queda do índice do dólar americano (DXY), que atingiu o menor nível em quatro meses, tornando o ouro mais acessível para investidores estrangeiros.
A instabilidade comercial provocada pelas tarifas de Trump tem sido um dos principais motores da alta do ouro. Desde que o presidente reassumiu o cargo em janeiro, o metal precioso atingiu níveis recordes 14 vezes.
- As novas tarifas sobre aço e alumínio, em vigor desde fevereiro, e os planos de taxação recíproca setorial, previstos para 2 de abril, aumentam as preocupações sobre o crescimento global e impulsionam a busca por ativos seguros.
- Diante desse cenário, o banco ANZ revisou para cima suas projeções para o ouro, estimando que o preço pode chegar a US$ 3.100 por onça nos próximos três meses e a US$ 3.200 em um horizonte de seis meses.
- A previsão considera o aumento das tensões geopolíticas, a flexibilização da política monetária e as fortes compras de ouro pelos bancos centrais.
Nesta semana, novas projeções econômicas do Federal Reserve devem trazer sinais mais concretos sobre os impactos das medidas de Trump na economia dos EUA.
- Analistas já reduziram as expectativas de crescimento, alertaram para um risco de recessão e projetam um avanço da inflação nos próximos meses.
- Além das tensões comerciais, os ataques aéreos israelenses podem aumentar a instabilidade no Oriente Médio, adicionando mais fatores de pressão para a valorização do ouro, segundo Kyle Rodda, analista de mercado financeiro da Capital.com.
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