Os Estados Unidos concordaram em retomar o apoio militar e o compartilhamento de inteligência com a Ucrânia, após Kiev aceitar uma proposta americana para um cessar-fogo de 30 dias no conflito com a Rússia.
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A decisão foi anunciada em uma declaração conjunta após intensas negociações em Jeddah, na Arábia Saudita. O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que agora cabe à Rússia aceitar a proposta.
- “Nossa esperança é que os russos respondam ‘sim’ o mais rápido possível, para que possamos chegar à segunda fase disso, que são as negociações reais”, declarou Rubio, após mais de oito horas de reunião.
- O conflito, que se intensificou após a invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia há três anos, resultou na ocupação de cerca de 20% do território ucraniano, incluindo a Crimeia, anexada em 2014.
- Rubio ressaltou que Washington busca um acordo total “o mais rápido possível”, sublinhando a urgência de encerrar o conflito para evitar mais mortes e destruição.
Porém, a resposta russa permanece incerta. O presidente Vladimir Putin indicou abertura para discussões sobre um acordo de paz, mas reiterou sua rejeição a um cessar-fogo que não garanta a “segurança de longo prazo” da Rússia.
- Moscou exige a retirada completa da Ucrânia de quatro regiões parcialmente ocupadas.
- O Ministério das Relações Exteriores russo afirmou que não descarta contatos com os EUA.
- O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, descreveu a proposta de cessar-fogo como “positiva”, enfatizando que ela abrange todos os combates na linha de frente. “Durante esses 30 dias de ‘silêncio’, teremos tempo para preparar com nossos parceiros todos os aspectos para uma paz confiável e segurança de longo prazo”, afirmou Zelenskiy.
- O plano será apresentado aos russos através de diversos canais diplomáticos.
- O conselheiro de segurança nacional de Trump, Mike Waltz, deve se reunir com autoridades russas em breve, enquanto o enviado especial Steve Witkoff planeja visitar Moscou esta semana.
- O próprio Trump expressou esperança em dialogar com Putin nos próximos dias.
O acordo marca uma reviravolta em relação à posição anterior de Trump, que anteriormente suspendeu o apoio militar e o compartilhamento de inteligência com a Ucrânia.
- Agora, ambos os países estão empenhados em concluir rapidamente um acordo para o desenvolvimento dos recursos minerais essenciais da Ucrânia.
- A retomada da assistência militar incluirá equipamentos previamente aprovados pelo ex-presidente Joe Biden.
- No cenário europeu, aliados expressaram apoio ao processo de paz.
- O Secretário-Geral da OTAN, Mark Rutte, visitará a Casa Branca na quinta-feira, e o primeiro-ministro polonês Donald Tusk afirmou que a Europa está pronta para contribuir com uma “paz justa e duradoura”.
Enquanto isso, a situação no campo de batalha permanece volátil.
- Forças russas intensificaram ofensivas na região de Kursk, enquanto a Ucrânia realizou seu maior ataque de drones contra Moscou, resultando em três mortes e breves interrupções em aeroportos.
- O futuro do cessar-fogo depende agora da resposta de Moscou, em um momento decisivo para o desfecho do conflito.
O influente parlamentar russo Konstantin Kosachev afirmou na quarta-feira que qualquer acordo de cessar-fogo com a Ucrânia será definido nos termos de Moscou, e não de Washington.
- Segundo Kosachev, a Rússia está avançando no conflito, e os acordos reais estão sendo moldados no campo de batalha.
- Ele destacou que, embora reconheça a necessidade de compromissos, as condições serão estabelecidas pela Rússia, algo que, segundo ele, os Estados Unidos também deveriam compreender.
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