Os líderes da União Europeia concordaram em aumentar os investimentos em defesa e reafirmaram seu compromisso com o apoio à Ucrânia, em um momento de incerteza diante da reviravolta nas políticas dos Estados Unidos sob a liderança de Donald Trump.
Notícias e Cobertura do Mercado Em Tempo Real Acesse: https://t.me/activtradespt
Durante a cúpula especial de defesa em Bruxelas, os chefes de Estado discutiram o fortalecimento das forças militares europeias, prevendo um futuro em que a Europa precise contar mais consigo mesma diante da ameaça russa.
- O encontro ocorreu em meio a temores de que a Rússia, após sua ofensiva na Ucrânia, possa mirar um país da UE, e que os Estados Unidos já não sejam mais um aliado tão confiável para a segurança europeia.
- O presidente da reunião, Antonio Costa, afirmou que a União Europeia está “à altura do desafio”, referindo-se aos planos para permitir maior flexibilidade fiscal nos gastos militares e à proposta de um empréstimo conjunto de até 150 bilhões de euros (US$ 160 bilhões) para fortalecer as forças armadas dos países membros.
- O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, destacou que a Europa deve assumir o desafio da corrida armamentista e vencê-la, argumentando que, economicamente e militarmente, a UE é mais forte do que a Rússia.
- O presidente francês, Emmanuel Macron, reforçou que, independentemente do desenrolar da guerra na Ucrânia, a Europa precisa desenvolver sua própria capacidade de defesa autônoma.
Compromisso com a Ucrânia e a Resistência de Orban
Os líderes europeus também reafirmaram seu apoio à Ucrânia, com exceção do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, um aliado de Trump e próximo de Moscou. Os outros 26 países-membros enfatizaram que nenhuma negociação sobre a guerra pode acontecer sem a participação da Ucrânia e prometeram continuar fornecendo ajuda ao país.
- O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, foi recebido calorosamente na cúpula por Costa e pela chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, contrastando com sua recente recepção fria por Trump na Casa Branca. Zelenskiy propôs uma trégua aérea e marítima entre as forças russas e ucranianas, como um teste para avaliar a disposição de Moscou em encerrar a guerra.
- Apesar da solidariedade expressa, os líderes europeus enfrentam desafios para compensar a retirada do apoio militar dos EUA, que no último ano representou mais de 40% da ajuda militar à Ucrânia.
- O chanceler alemão, Olaf Scholz, reforçou a necessidade de manter os Estados Unidos engajados no apoio à Ucrânia, enquanto Macron afirmou que a proposta de trégua de Zelenskiy recebeu apoio dentro da UE.
Dissuasão Nuclear e o Papel da França
Em um sinal da gravidade da situação, Macron abriu a possibilidade de estender a proteção do arsenal nuclear francês a outros países europeus. A proposta recebeu reações mistas, com a Lituânia e a Polônia expressando apoio à ideia, enquanto os tchecos enfatizaram a necessidade de manter os EUA envolvidos na defesa europeia.
- A mudança na postura dos EUA sob Trump tem causado grande preocupação entre os europeus.
- O ex-presidente americano afirmou recentemente que os aliados da OTAN que não investirem o suficiente em sua defesa não poderão contar com Washington, reforçando sua posição de que a Europa deve assumir mais responsabilidades por sua segurança.
- A incerteza quanto ao apoio americano fez com que a Alemanha suspendesse restrições constitucionais sobre gastos militares, para permitir um aumento significativo no orçamento de defesa.
- A Noruega também anunciou um aumento expressivo na sua ajuda à Ucrânia e nos seus próprios investimentos militares.
O congelamento da ajuda dos EUA e a nova postura de Trump aprofundaram os receios europeus sobre a dependência de Washington para a segurança do continente. Com a Rússia ainda representando uma ameaça crescente, a União Europeia busca se fortalecer militarmente e reafirmar seu papel no cenário global.
Notícias e Cobertura do Mercado Em Tempo Real Acesse: https://t.me/activtradespt