O Ministério da Segurança Pública da China anunciou a inclusão de novos precursores químicos em sua lista de controle doméstico e de exportação como resposta as novas tarifas. Pequim manifestou sua oposição à nova ameaça tarifária do presidente dos EUA, Donald Trump, que pretende impor uma taxa extra de 10% sobre importações chinesas na próxima terça-feira. O Ministério do Comércio da China acusou os EUA de “transferir a culpa” pelo fluxo de fentanil e prometeu contramedidas para proteger seus interesses.
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Trump anunciou que, além das tarifas de 25% sobre produtos do México e Canadá, a China será alvo de um novo imposto, somando-se à tarifa de 10% já aplicada em fevereiro. O anúncio ocorre poucos dias antes do início das reuniões parlamentares anuais da China, onde Pequim deve definir suas prioridades econômicas para 2025.
Reação de Pequim
O Ministério do Comércio chinês declarou que “tarifas unilaterais violam as regras da Organização Mundial do Comércio e prejudicam o sistema de comércio multilateral”.
- O porta-voz do ministério enfatizou que a China possui uma das políticas antidrogas mais rígidas do mundo e criticou os EUA por tentarem desviar a responsabilidade sobre a crise do fentanil.
- Analistas indicam que Pequim ainda busca um acordo com Washington, mas a crescente retórica da Casa Branca e os sinais de dissociação econômica sugerem um afastamento entre as duas potências.
- “Ainda não está claro qual é o objetivo final da administração Trump em relação à China”, afirmou Christopher Beddor, vice-diretor de pesquisa sobre a China na Gavekal Dragonomics.
Possíveis retaliações e tensões comerciais
O Ministério do Comércio da China alertou que, se os EUA mantiverem sua decisão, “todas as contramedidas necessárias” serão adotadas para proteger seus direitos econômicos.
- Um funcionário da Casa Branca disse à Reuters que as tarifas foram motivadas pelo “progresso insuficiente” da China, México e Canadá no combate ao tráfico de fentanil.
- Em resposta, o Ministério da Segurança Pública da China anunciou a inclusão de novos precursores químicos em sua lista de controle doméstico e de exportação, além da apreensão de mais de 1.400 toneladas de materiais para fabricação de drogas em 2024.
EUA e China se preparam para mais tensões
As autoridades chinesas se reuniram na sexta-feira para discutir estratégias para “prevenir e resolver” choques externos na economia do país.
- Paralelamente, a Casa Branca publicou um memorando colocando a China na lista de “adversários estrangeiros”, acusando-a de explorar investimentos americanos para adquirir tecnologia militar.
- Além disso, Trump nomeou Landon Heid, conhecido por sua postura agressiva contra a China, para supervisionar os controles de exportação de chips de IA e outros produtos sensíveis.
- Esses movimentos indicam que ambos os lados estão se preparando para um prolongamento das tensões comerciais.
Com o prazo de implementação das tarifas se aproximando, o mercado global aguarda os próximos passos de Pequim e Washington, enquanto os efeitos da disputa comercial se espalham por setores estratégicos.
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