A diversificação é um tema importante para quem vai investir na Bolsa de Valores. O principal objetivo dessa prática é diluir os riscos, pois a renda variável oscila entre períodos de alta e de baixa.
Aqui vale repetir aquela máxima que todo mundo já ouviu: não coloque todos os ovos na mesma cesta! Esse é um conselho valioso e segui-lo dá mais segurança ao investidor da Bolsa, caso aconteça alguma quebra.
Mas é preciso fazer uma ressalva. A diversificação não deve ser sem limites. Quando existe uma grande diluição, ou seja, quando se opera com muitas carteiras ao mesmo tempo, a relação custo-benefício acaba não compensando, é muito trabalho para pouco retorno.
Mas então, como montar uma carteira de ações eficiente? Indico seguir esses caminhos:
– Formar um conjunto de dez a quinze ações, de poucas e boas empresas. Isso já é o suficiente para um desempenho interessante.
– Levar em conta o risco setorial. O recomendo é alocar o capital, no máximo, em duas ações de cada setor, como, por exemplo, o de energia, o farmacêutico, de bancos e assim por diante.
– Quanto aplicar em cada ação também é algo a ser pensado na hora de montar uma carteira equilibrada. Eu aconselho colocar, no máximo, 10%, do montante a ser investido, em cada papel.
– O escalonamento é outro recurso que deve ser utilizado. Não é preciso comprar tudo de uma vez, isso pode ser feito aos poucos. Assim é possível acompanhar o desempenho da empresa e constatar se vale a pena investir mais nos seus papéis.
– Acompanhar o gráfico de desempenho do índice Ibov nos pregões brasileiros. Isso servirá como termômetro para saber se as ações estão subindo e o Mercado está em alta ou se o Mercado está em queda e as ações também estão indo nesse sentido. Existe uma correlação de tendências. Assim será possível identificar o melhor momento para sair em busca de ações.
Vale muito a pena levar em consideração esses elementos na hora de formar uma carteira de ações equilibrada. Gerenciamento de risco e cautela são muito importantes quando o assunto é renda variável. No entanto, para maior segurança, o aconselhável é sempre manter uma boa parte do patrimônio aplicado em renda fixa. Com a outra parte, aí, sim, se pode arriscar com ativos de renda variável, onde o risco é maior, mas os rendimentos também.