Para entender este cenário, precisaremos abordar a exportação e a importação. No primeiro caso, o Brasil exporta muitas matérias-primas, como o minério de ferro, por exemplo, além de petróleo, grãos e alimentos (vide o agronegócio).
Estas commodities são negociadas em dólares no mercado internacional. Portanto, quando estes valores são repatriados, estas quantidades de dólares geram “muitos reais” a mais na economia. Com o aumento de dinheiro em circulação, aumenta-se a demanda e a oferta não consegue acompanhar. Origina-se então, o processo inflacionário.
Já na outra ponta da Balança Comercial, quando falamos de Importação, o Brasil compra muitos produtos de fora, como eletroeletrônicos, carros, peças, medicamentos, produtos industriais etc. Portanto, na origem da cadeia produtiva e de comércio, há um aumento dos preços, que precisarão ser repassados ao consumidor final.
Se uma loja compra um produto importado em dólares e o câmbio está caro, esta margem vai ter que ser repassada na revenda final ao consumidor, para que o comerciante não tenha prejuízos nas suas operações e consiga sobreviver com o seu negócio.
Por fim, citaríamos também o Turismo. O Brasil é um destino requisitado pela sua história, litoral e pontos turísticos. Com um câmbio desvalorizado, o estrangeiro que vem pra cá pode ter o seu poder de compra aumentado. Esta quantidade a mais de dólares que entram no país e são convertidos em “mais reais” na hora do consumo, fazem o mesmo efeito de se inserir mais dinheiro na economia. Se a oferta não acompanhar a demanda, teremos então, um aumento dos preços.
Agora, o que afeta a alta do dólar? Para entender estas oscilações, o investidor deve ficar atento ao cenário econômico e político do Brasil e do Mundo. Eleições, desemprego, crises, pandemias, guerras, PIB, Balança Comercial, risco Brasil, inflação etc, são indicadores importantes que influenciam na política monetária do Banco Central para subir ou descer a nossa Selic, tornado mais ou menos atrativo os investimentos por aqui.
Sem falar que o Investidor também vai acompanhar o Mercado Externo. Nos EUA, por exemplo, agora temos uma elevação dos juros, que despertaram o interesse das pessoas em ganharem mais, através de um rendimento de parte da sua carteira em dólar.
Por isso é importante você sempre ter uma parte dos seus investimentos protegidos em dólar, ainda mais para quem mora no Brasil e recebe em reais. Em momentos de turbulência, a nossa moeda tende a se desvalorizar. Seu custo de vida vai ficar mais caro, já que a economia global tem como base o dólar. O seu poder de compra vai cair. Vai ficar mais caro sustentar a sua vida.
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Abraços e sucesso!
*Ativos negociados em conta margem possuem grau de risco para o seu capital. Quaisquer previsões não são um indicador fiável de performance futura e a decisão de atuar com base nas ideias e sugestões apresentadas são da responsabilidade do leitor.