O volume financeiro médio negociado na nossa Bolsa de Valores (B3) nunca esteve tão distribuído como antes.
As dez ações mais negociadas concentraram 36,59% do capital que circulou no mercado à vista em 2020. Quando consideradas apenas as cinco ações mais negociadas, essa porcentagem vai para 24,54%.
De 2000 a 2018, as dez ações mais negociadas concentravam de 40% a 55% do capital. Esse número esteve no pico em 1998, quando era de 86,78%.
Naquele ano, só a ação preferencial da Telebrás era alvo de 58,25% do capital que entrava na bolsa. Em segundo lugar, com uma enorme distância, vinha a ação preferencial da Petrobras, com 7,01%.
Já em 2021, a ação mais negociada, a ON da Vale, absorve 10,15% do volume médio diário anual da B3, seguida pela PN da Petrobras, com 6,49%.
Apesar de ainda estar focado nas chamadas “blue chips”, o mercado de ações brasileiro já foi muito mais concentrado.
Hoje, além de estar mais maduro em relação aos padrões de governança e mais acessível a investidores menores, também é mais conveniente, já que é um caminho natural para quem busca rentabilidade.
É um movimento natural de busca por maior rentabilidade. Com a taxa de juros em sua mínima histórica e a perspectiva de que vai continuar baixa, os investidores começam a querer investir mais em ativos de renda variável para buscar uma melhor valorização do seu patrimônio.
Esse movimento pode ser uma nova tendência, e deve propiciar uma menor concentração de capital ao longo do tempo.
Na década de 1990, as empresas de maior capitalização na bolsa eram as estatais, já que o nível de representatividade dos setores e empresas no setor privado era muito baixo.
Naquela época, quando o investidor ia fazer uma escolha, tinha poucas empresas para considerar. Mesmo porque, o acesso à informação era muito mais restrito. Hoje, dá para abrir uma plataforma no celular e analisar uma empresa. Naquela época, era preciso correr atrás dos dados.
Só no ano passado, a B3 ganhou mais de 3 milhões de investidores pessoa física até meados de outubro, um aumento de 80% em relação ao mesmo período de 2019.
Do lado das companhias, foram registradas 27 ofertas primárias de ações, ante apenas cinco do ano anterior. Este ano promete continuar quente nesse setor: 13 empresas já estrearam na B3 em 2021, cinco pediram autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para fazer o mesmo e 37 operações já estão em análise.
Apesar de o ambiente ter ficado mais amigável tanto para as empresas quanto para os investidores, a maioria das companhias mais negociadas hoje já era popular há trinta anos.
Segundo levantamento, a ação preferencial da Petrobras (PETR4) está presente entre as dez mais negociadas há 28 anos. A preferencial do Bradesco (BBDC4), há 25 anos.
Fonte de pesquisa: www.cnn.com.br
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Grande abraço e SUCESSO!
Rodrigo Rebecchi
*Ativos negociados em conta margem possuem grau de risco para o seu capital. Quaisquer previsões não são um indicador fiável de performance futura e a decisão de atuar com base nas ideias e sugestões apresentadas são da responsabilidade do leitor.