Para analisar as corretoras é preciso saber que existem regulamentações fortes e fracas. Não basta ter apenas escritório; a jurisdição que vai valer é a do país onde a empresa tem sede. Em termos de segurança, o melhor é optar por corretoras com regulamentação mais forte.
Os brasileiros podem ir para corretores da Europa, principalmente do Reino Unido, dos Estados Unidos e da Austrália. Todas essas têm regulamentação forte, mas apenas as do Reino Unido aceitam bem os operadores brasileiros e têm atendimento em português. As corretoras dos EUA ainda são bastante burocráticas e exigem que, antes de começar, o trader tenha passado pelo simulador de investimentos. A regulamentação das corretoras da Austrália não é tão forte, comparada com as da Europa e a dos EUA.
Um regulamento forte tem regras para abertura de conta, com uma conferência rigorosa da documentação, e regras para o envio de dinheiro, que devem estar de acordo com a legislação do Banco Central do Brasil e do banco central do país onde a corretora tem sede. Além disso, há regras para a publicidade na mídia digital e para a alavancagem. Quanto a isso é preciso saber que, quando a corretora propõe muita alavancagem, isso não é bom, pois aumentam os riscos.
Oferecer bônus e fazer contato por telefone também demonstra regulamentação fraca. As mensagens que as empresas colocam nos sites devem ser transparentes e obedecer a um padrão. Isso também é um indicativo se seguem uma regulamentação forte ou fraca. As corretoras com regulamento fraco não têm sede em Londres — porque lá existe muito rigor quanto ao cumprimento da legislação para obtenção da licença FCA (Financial Conduct Authority).
No que diz respeito à alavancagem, o melhor é conhecer, saber como é a norma legal, o que ela permite dentro da regulamentação, e aí pegar o que tem de melhor, de acordo com o perfil e a estratégia do trader. Hoje em dia, para reduzir os riscos, as corretoras baixaram a alavancagem, nos EUA para 1: 25, e na Europa e na Austrália para 1:30.
As corretoras que abriram filial nas Bahamas, porque lá a alavancagem ainda é de 1:400, mas têm certificado FCA, continuam dentro da regulamentação forte. Agora, se a corretora não tem FCA e abriu filial nas Ilhas Seychelles, Chipre, Maurícios, Vanuatu, São Vicente e Granadinas, é sinal de que foram atrás de regulamentação fraca.
Nos sites das empresas, é possível verificar todos esses aspectos, desde as mensagens obrigatórias informando os riscos, que estão no topo da página, até no rodapé, onde estão as informações da sede e das filiais da corretora. Nos sites também vão aparecer se há ofertas de bônus e como tratam a alavancagem.