A CPFL Energia é uma holding. A Companhia distribui, gera, transmite e comercializa energia elétrica no Brasil, bem como presta serviços relacionados à energia.
Por meio de sua controlada CPFL Geração, detém participação acionária em oito Usinas Hidrelétricas.
Existe um consenso na Bolsa de que, Investir em empresas do setor elétrico, poderia ser uma posição defensiva na sua Carteira.
Estas empresas conseguem ter uma projeção de balanços mais estáveis. Menos sazonais e cíclicos, porque existe uma expectativa de consumo por parte da população.
Você não vai ter uma migração de milhões de pessoas de uma região para outra em poucos dias. A companhia não perderia estes milhões de clientes de uma hora para outra, por exemplo.
Além disso, a energia elétrica é um item necessário para a sobrevivência das famílias. Portanto, mesmo em momentos de crises, as pessoas tendem a se esforçar para pagarem as suas contas de luz e assim, não terem a sua energia cortada.
É diferente do setor de varejo. Com as quarentenas que tivemos nos últimos tempos. Com o fechamento do comércio, estas lojas sofreram muito nos seus faturamentos.
Outro ponto interessante de salientar do setor elétrico é que, geralmente, a volatilidade é mais baixa e estas empresas distribuem altos dividendos, podendo gerar um efeito de ganha-ganha, com a valorização do papel e a distribuição dos lucros ao acionista.
Mesmo com a crise hídrica atual e com a subida do valor da conta de luz, eu não vejo estas empresas do setor elétrico sofrendo em seus balanços. Foi como eu mencionei: o usuário vai ter de cortar outras despesas, como supermercado, gastronomia, viagens etc para conseguir honrar o compromisso da luz. Quer gostaria de ter a energia cortada em sua casa?
Agora, eu te convido a vir comigo. A fazer um estudo completo da Ação para ver se pode ser uma oportunidade de investimento na sua carteira.
Primeiro, vamos dar uma olhada no gráfico diário com zoom afastado para termos um panorama.
Conseguimos identificar que a região de suporte entre R$ 24,65 até R$ 23,00 tem despertado o interesse dos compradores nos últimos meses e poderá despertar novamente. Principalmente pela formação de price action dos últimos pregões, onde tivemos um doji (indecisão) e depois, um candle com forte alta.
Se confirmado este rali, poderemos ter altas até a região de interesse em R$ 28,65 (+12% valorização) e, se passar, até a resistência em R$ 30,65 (+20%).
Agora, vamos dar uma olhada nos fundamentos. Começando pelos Dividendos, nada mal! Hoje, o yield está em 11,80%. Uma alocação na CPFL poderia te proteger contra a inflação de 10,67% aproximadamente e render acima da maioria dos produtos de renda fixa, já que a SELIC está em 7,75% ao ano.
Depois, o P/L (Preço/Lucro) está bastante interessante, apontando um retorno do capital investido em apenas 6,64 anos. Este indicador aponta que os preços podem estar com descontos, existindo espaço para uma valorização.
Na sequência, vamos dar uma olhada no VPA (Valor Patrimonial por Ação). Hoje, o “preço justo” da CPFE3 deveria ser de R$ 12,81. Com a cotação em R$ 25,46 aproximadamente, você pagaria o dobro. Não acredito que isto seja um impedimento, porque, pela combinação de cenários e indicadores, poderia não comprometer a oportunidade de investimento. Um P/VP acima de 3, por exemplo, já despertaria a nossa atenção para uma possível sobrevalorização da Ação.
Depois, o endividamento. Acredito ser importante você sempre olhar a dívida para mitigar o risco de falência das empresas que deseja investir. Neste caso, a Dívida Líquida compromete o Caixa e o Patrimônio Líquido, mas não excede estes valores. Portanto, na minha visão, está sob controle. Não virou uma bola de neve negativa.
Depois, temos bons índices de Margem Líquida em 11,77% e de ROIC em 14,46%, mostrando que a companhia conseguir ter um lucro interessante na sua operação e boa geração de caixa.
A curva de LPA também nos salta aos olhos. Está ascendente, sólida, consistente, organizada. Isto pode mostrar uma boa gestão e crescimento planejado da empresa nos últimos anos.
No DRE, não vejo sustos. Ao longo dos últimos anos a CPFL conseguiu mantes a sua receita acima dos custos. Não tivemos uma montanha-russa de perde e ganha.
Por fim, o gráfico das Margens. Note como a Margem Líquida sempre foi acima de 5% desde 2009. Neste momento, a curva se afunila, mostrando que o operacional da companhia pode estar otimizado, com menores custos.
CONCLUSÃO: nestes tempos de fortes quedas na Bolsa e de alta volatilidade, talvez a sua carteira precise de estabilidade.
De Ações com potencial de valorização, que possam sofrer menos com a crise e que rentabilizem ao longo da operação com Dividendos interessantes, pra você não perder dinheiro com a alocação.
Se você busca este cenário mais ameno na Bolsa, acredito que vale a pena dar uma olhada na CPFE3 neste momento.
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*Ativos negociados em conta margem possuem grau de risco para o seu capital. Quaisquer previsões não são um indicador fiável de performance futura e a decisão de atuar com base nas ideias e sugestões apresentadas são da responsabilidade do leitor.