Quando falamos de Investimentos em Ações com foco envolvendo os Dividendos, podemos ter duas vertentes.
Uma delas é a ideia de se acumular patrimônio (holder), onde o investidor busca comprar uma grande quantidade de Ações ao longo do tempo, para viver da rentabilidade proveniente dos Dividendos.
Outra estratégia seria a da especulação de médio prazo, onde o investidor poderia fazer um position trading, buscando comprar uma Ação na baixa, esperar para lucrar com sua valorização por alguns meses e, durante o percurso, ganhar também Dividendos para encorpar a sua operação.
Em ambos os casos, pode ser recomendado você esperar para adquirir Ações de boas empresas quando estas estiverem baratas. Em tese, você poderia ganhar mais Dividendos proporcionais e também poderia ter espaço para valorizações mais significativas.
Uma conta que você pode fazer ao montar a sua Carteira de Ações é a do Dividendo médio. Antes de te explicar como funciona, vamos fazer algumas observações.
Na Bolsa, podemos ter algumas “Ações defensivas”. São Papeis de empresas de setores estáveis, menos sujeitos à volatilidade ou sazonalidade.
Como exemplo, podemos citar as Ações do Setor Elétrico e de Saneamento. Estas empresas conseguem ter uma projeção mais estável de oferta e demanda, impactando diretamente na sua expectativa de faturamento.
Elas conseguem dimensionar o quanto deverão prover de bens e serviços para um público estimado, em um espaço de tempo. Por exemplo, uma empresa de energia elétrica do estado de São Paulo sabe o tamanho do seu público, o consumo médio, o custo e o faturamento esperado. Assim, ela consegue projetar a estrutura para fornecer o serviço e calcular o seu retorno na média.
Mesmo em crises, as pessoas tendem a pagar as suas contas de luz, por ser um item básico de sobrevivência. Portanto, uma companhia dessas pode ser menos volátil. Seus preços tendem a ser mais estáveis na Bolsa e geralmente elas distribuem aos seus acionistas altos Dividendos.
Já na outra ponta, principalmente no setor de tecnologia e fintechs hoje em dia, podemos identificar empresas com alto potencial de crescimento, mas por estarem numa fase de introdução, todo o lucro obtido poderá ser reinvestido na própria companhia.
Dessa maneira, o investidor deve entender que alocar o seu capital em uma empresa destas pode não ter como foco os altos Dividendos, mas sim, o potencial de valorização.
Agora é que entra a grande sacada desta estratégia. Você pode montar um Dividendo Médio interessante da sua Carteira, combinando empresas estáveis, que distribuem altos Dividendos, com empresas com alto potencial de crescimento, mas que pagam baixos Dividendos no momento.
Vai depender do seu apetite pelo risco. Via de regra, vale a pena você sempre acompanhar a Selic e a Inflação.
Neste momento, temos a Selic em 9,25% ao ano e a Inflação em 10,5% ao ano aproximadamente. Portanto, se você conseguir montar uma Carteira com um Dividendo Médio de 12% ao ano, por exemplo, fique ciente de que você poderia render o seu capital alocado equivalente aos melhores produtos de Renda Fixa e também proteger a sua alocação contra a corrosão dos preços, mesmo que nesta Carteira, nem todas as suas Ações pagassem altos Dividendos. Seria uma compensação.
É importante você ter uma visão panorâmica na Bolsa. Conseguir ver todo o Iceberg. Todo o contexto para uma melhor alocação e rentabilidade.
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*Ativos negociados em conta margem possuem grau de risco para o seu capital. Quaisquer previsões não são um indicador fiável de performance futura e a decisão de atuar com base nas ideias e sugestões apresentadas são da responsabilidade do leitor.