Quem acompanha o mercado financeiro, pode ter visto recentemente que, as oscilações do Tesouro Americano, podem estar afetando a movimentação de ativos pelo mundo afora, inclusive preocupando alguns gestores do FED.
Isso ocorre por uma série de fatores e não apenas pelos juros que o governo americano pode pagar aos seus investidores. Estas taxas servem até de base para crédito e financiamentos imobiliários.
Os Títulos Americanos ganham destaque pelo seu viés de segurança, já que são atrelados à maior economia do mundo, com poucas oscilações de juros e inflação.
Vale a pena saber que existem 3 tipos de Títulos:
• bills, de curto prazo, com duração de até um ano;
• notes, de até 10 anos, a principal referência do mercado;
• bonds, com prazos de 20 a 30 anos, que podem servir como termômetro para a curva longa de juros.
O que nos traz para o momento atual, em que os bonds têm tido uma procura altíssima?
No momento, o FED está com a torneira aberta, injetando na economia sucessivos pacotes de estímulos, na intenção de estimular a economia.
Tanto é verdade que a meta de inflação estabelecida para o país é de 2%, superior aos cerca de 1,6% registrados atualmente.
O problema é que, enquanto o órgão garante que não deve alterar o juro básico do país até 2023, a curva longa está “empinando”, juntamente com a expectativa de inflação.
Os juros de longo prazo saltaram de 0,6% para 1,6% em pouco tempo, o que pode ter assustado o mercado.
Investidores começaram então, a temer um aumento na inflação e a apostar que poderá haver um reajuste na taxa de juros mais rápido do que prometido pelo Fed, fazendo com que a renda fixa se torne mais atrativa.
Trata-se de uma correlação negativa e um dos princípios básicos do mercado. Quanto mais o juro cai, melhor é para ativos de renda variável, já que o investidor busca alternativas para rentabilizar o seu capital. Quando se trata do oposto, é natural que o mercado fuja dos riscos e se abrigue em títulos mais previsíveis.
Ou seja, o que estamos vendo é uma realocação de recursos para a segurança, que afeta uma série de outros ativos.
Na bolsa americana, por exemplo, é possível ver a derrocada do setor de tecnologia, o grande vencedor de 2020. Mais profundamente, o movimento afeta até mercados emergentes, como o brasileiro.
Além da oferta e da demanda, a taxa de juros do país também pode afetar o câmbio da sua moeda, porque pode determinar a sua atratividade.
Exemplo: quando a nossa Selic estava em dois dígitos e o Fed Rate era zero, o investidor americano aceitava comprar real para ganhar em cima dessa diferença, o chamado ‘carry trade’. Hoje não temos mais isso.
Na quarta-feira (3), Jerome Powell, presidente do Fed, disse que o crescimento dos papéis “chamou sua atenção”, mas garantiu que a autarquia está atenta ao movimento e que não existe pressão inflacionária nos EUA.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br
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Grande abraço e SUCESSO!
Rodrigo Rebecchi
*Ativos negociados em conta margem possuem grau de risco para o seu capital. Quaisquer previsões não são um indicador fiável de performance futura e a decisão de atuar com base nas ideias e sugestões apresentadas são da responsabilidade do leitor.