O JPMorgan e a gigante farmacêutica Johnson & Johnson iniciaram o que pode ser a temporada de balanços mais estranha de todos os tempos, refletindo os desafios de retratar o estado dos negócios no meio da pandemia.
Os balanços de ambas as empresas serão em grande parte históricos, uma vez que o vírus não começou a afetar a economia dos EUA até março.
Dessa maneira, todos os olhos poderão estar estarão na avaliação de desenvolvimentos de curto prazo.
O JPMorgan mostrou lucro que ficou mais fraco do que as projeções dos analistas. A receita ficou menor do que a mediana das previsões.
A empresa divulgou que o lucro por ação (LPA) foi de US$ 0,78, resultado que ficou mais fraco do que as previsões dos analistas que apostavam em LPA de US$ 2,28.
Já a Johnson & Johnson mostrou lucro que superou as projeções dos analistas, como também a receita ficou acima da mediana das previsões.
A empresa divulgou que o lucro por ação (LPA) foi de US$ 2,30, resultado que superou as previsões dos analistas que apostavam em LPA de US$ 1,99.
Agora, o foco dos investidores começa a se voltar para os balanços do 1º trimestre de 2020 de outras gigantes do mercado. Será que teremos surpresas? Será que já teremos consequências da pandemia?
É fato que se estes balanços vierem mais positivos do que o esperado, o investidor não deverá se iludir, já que os grandes impactos econômicos da pandemia devem aparecer nos balanços de 2º e 3º trimestres de 2020.
Olhando agora para o gráfico diário do S&P500, acredito que surpreendeu até os mais otimistas.
Quando vivíamos a avalanche que derrubou o Índice em -36%, da máxima histórica em 3.397 para os 2.170, parecia o fim do mundo! Parecia que o mercado não acharia fundo e que o colapso seria maior…pânico generalizado.
Porém, alguns dias depois, já podemos notar como o mercado recuperou aproximadamente metade da queda.
Uma correção neste momento de -17,5%, dos 3.397 até os 2.800 pontos pode não ser tão alarmante assim perto do que vivemos.
Temos uma zona de interesse entre os 2.735 até os 2.780 pontos. No momento da escrita, o mercado trabalha acima desses níveis, fato que pode gerar impulso para testar a região de resistência entre 2.900 até 3.065.
Acima dos 3.065 pontos, os compradores poderiam ganhar força de vez rumo a um teste da máxima em 3.397 novamente.
Como suporte mais importante, se caso tivermos uma segunda onda de quedas no Índice, destaco os níveis entre 2.320 até os 2.170 pontos.
Por fim, os pacotes monetários de estímulos do governo americano acima de 2 trilhões de dólares parecem ter surtido o efeito necessário para sustentar o sistema neste período de quarentena.
Não devemos esquecer que em momentos de Crashes os investidores ficam irracionais. Começam a vender seus ativos sem ponderação.
Muitas empresas ficaram com valor abaixo do que realmente valiam no mercado e com yields interessantes.
Quem tinha caixa e experiência pode ter entrado comprado nas quedas se aproveitando dos descontos.
É uma pena que a maioria das pessoas que vem para a Bolsa não possuem experiência e controle emocional para atravessar os grandes movimentos.
Acabam comprando em topos e vendendo em fundos, sempre na mão invertida do mercado perdendo dinheiro de forma consistente.
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Grande abraço!
Rodrigo Rebecchi
*Ativos negociados em conta margem possuem grau de risco para o seu capital. Quaisquer previsões não são um indicador fiável de performance futura e a decisão de atuar com base nas ideias e sugestões apresentadas são da responsabilidade do leitor. *Imagem ilustrativa: istockphoto.