Bolsonaro diz que dívida de R$ 700 bi com pandemia impediu correção no IR
Após não fazer alterações na tabela do imposto de renda no Brasil, Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou hoje que os gastos do país com a pandemia impediram que a promessa de correção feita na campanha para presidente fosse cumprida.
“Eu ia mexer na tabela do imposto de renda, mas a pandemia me fez endividar 700 bilhões, e aí tem uns caras que me enchem dizendo que eu não assumi compromisso de campanha. É verdade, mas não esperava gastar 700 bilhões para o vírus”, disse o presidente ao chegar no Palácio da Alvorada nesta noite.
A Receita Federal liberou hoje o programa para declaração do Imposto de Renda em 2021. A isenção do imposto hoje vale para quem ganha até R$ 1.903,98 por mês (menos de dois salários mínimos). Caso a tabela fosse corrigida pela inflação, a insenção valeria para todos que ganham até R$ 4.022,89.
Na campanha presidencial em 2018, Bolsonaro chegou a prometer isentar todos os brasileiros que recebem até cinco salários mínimos. Em 2019, a promessa mudou para que quem recebe até R$ 3.000 pudesse ficar isento do imposto.
Já são seis anos sem reajuste nas faixas salariais de cobrança do Imposto de Renda. O cálculo é que 10,5 milhões de brasileiros estariam isentos do imposto se houvesse a correção da tabela.
Dívida de 700 bilhões
As contas do governo federal registraram uma dívida acumulada de R$ 743,1 bilhões, informou o Tesouro Nacional em dezembro. Em 2019, esse déficit foi de R$ 95,1 bilhões, mostrando o impacto da pandemia nas contas públicas.
Ano passado, os gastos primários voltados para combate à pandemia da covid-19 totalizaram R$ 520,9 bilhões, de um total de R$ 599,7 bilhões
aprovados até o final de dezembro.
Fonte: Via rss/feed Portal UOL