Dois anos que a humanidade enfrenta a pandemia do Coronavírus. Durante este tempo, um movimento que os Bancos Centrais adotou foi o de reduzir as taxas de juros e aumentar o pacote de estímulos nas economias para o mundo não quebrar.
Resumindo: houve uma injeção de dinheiro em todos os Mercados. Foi uma forma encontrada para suprir o desemprego, a miséria e tentar sustentar a indústria e o comércio.
Porém, caminhando para o fim da pandemia, ao que tudo indica, com a vacinação em massa e o desenvolvimento de alguns medicamentos para a própria doença, a conta chegou.
A inflação nos EUA atingiu a máxima dos últimos 40 anos na semana passada. Vai ser insustentável manter os juros por lá em ZERO. O acumulado nos últimos 12 meses está em 7,5%. Muito acima da meta atual de 2% ao ano.
Espera-se o início de um movimento de alta nas taxas americanas já na próxima reunião do FED, no dia 16 de março. O mercado projeta um ajuste de +0,50% a +0,75% ao ano.
Via de regra, a economia americana é a primeiro do mundo e, portanto, os títulos da sua dívida podem ser considerados também, como os mais seguros do mundo.
Se os juros americanos vão aumentar, o viés do investidor tradicionalmente é o de fugir do risco, como por exemplo das Ações e alocar um percentual maior do seu patrimônio nestes títulos americanos, já que vão remunerar melhor.
No gráfico abaixo, temos o S&P500 no período diário. Podemos notar como o Mercado já começou a precificar este movimento do FED no começo do ano. As máximas em Wall Street foram no dia 4 de janeiro e, de lá pra cá, o mercado só corrigiu.
Naquele momento, era possível identificar como a grande maioria dos Papéis Americanos poderiam estar sobrevalorizados. Com Valuations deslocados da realidade. Pagava-se muito caro! Um preço desconectado do real valor.
Ainda, agora, pode ser difícil do investidor conseguir montar uma Carteira inteligente em Ações Americanas. Com a provável correção que deve acontecer nos próximos meses, aí sim você poderá ter oportunidades novamente de investir em boas Ações por lá, comprando na baixa para sair na possível alta depois.
Uma ressalva da minha parte: eu nunca acho que a Renda Fixa está totalmente ruim e também nunca acho que a Bolsa pode ser a pior opção.
É importante você acompanhar estes movimentos proporcionados pela dinâmica de altas e baixas dos juros. Mas, mesmo em um cenário mais propício para a Renda Fixa, pode ser possível você encontrar boas empresas para investir.
É o processo de você fazer um filtro adequado de Valuation, para descobrir os Papéis que estão descontados.
E o inverso também vale. Mesmo quando os juros estão baixos, que você pode ter a impressão de correr para a Bolsa, comprando tudo em Ações, acredito ser possível achar bons produtos de Renda Fixa, pra você ter mais estabilidade na sua Carteira.
Eu defendo a prudência nos investimentos. Nem 8, nem 80. Primeiro, é importante que você tenha a sua Reserva de Emergência para cobrir de 6 meses a 1 ano do seu custo de vida, no caso de algum imprevisto.
A sua Reserva de Emergência deve ter liquidez imediata, se caso precisar do dinheiro. Pode ser na Poupança, em um Fundo DI (D+0), em um CDB (D+0) ou no Tesouro Selic.
Salvo a sua Reserva de Emergência, aí você poderá dividir o seu patrimônio em 60% / 40%, alocando uma quantidade um pouco maior no que for mais conveniente no momento: Renda Fixa ou Ações.
Acredito que o Mercado Americano de Ações poderá sofrer um pouco sim nos próximos meses. Na realidade, já era esperado, desde a escalada dos últimos 2 anos com a injeção de dinheiro na economia. As Ações se valorizaram em demasiado.
Porém, os Mercados passam por ciclos de alta e de baixa. Cabe ao investidor conseguir prever estes ciclos e acompanhar o movimento para lucrar.
Uma das piores coisas que pode acontecer pra quem está na Bolsa é ficar sempre invertido. Comprado com o Mercado caindo e vice-versa.
Então, é isso! Vamos ficar de olho nos próximos movimentos de juros do FED e acompanhar o Mercado de perto para estarmos prevenidos.
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Grande abraço e sucesso!
*Ativos negociados em conta margem possuem grau de risco para o seu capital. Quaisquer previsões não são um indicador fiável de performance futura e a decisão de atuar com base nas ideias e sugestões apresentadas são da responsabilidade do leitor.