O Plano Marshall foi o principal plano dos Estados Unidos para a reconstrução dos países aliados da Europa nos anos seguintes à Segunda Guerra Mundial.
Os americanos deram ajuda econômica no valor aproximado de 14 bilhões de dólares na época (equivalente a cerca de 100 bilhões de dólares em 2018 ajustado pela inflação), que foram entregues para ajudar na recuperação dos países europeus.
O Plano operou por 4 anos a partir de 3 de abril de 1948. Os objetivos dos Estados Unidos eram reconstruir regiões devastadas pela guerra, remover barreiras comerciais e modernizar a indústria, melhorar a prosperidade europeia e impedir a disseminação do comunismo.
O Plano Marshall exigiu uma redução das barreiras interestaduais, uma queda de muitos regulamentos e encorajou um aumento da produtividade, bem como o sindicalismo e os novos modelos de negócios “modernos”.
A ajuda do Plano foi dividida entre os países beneficiários em uma base per capita. Maiores quantidades foram dadas às grandes potências industriais, já que a principal ideia era de que seu renascimento seria essencial para a prosperidade geral da Europa.
Essas nações aliadas receberam um pouco mais de ajuda per capita do que os ex-membros do Eixo ou os países que permaneceram neutros. O maior beneficiário do dinheiro do Plano Marshall foi o Reino Unido, que recebeu cerca de 26% do total, seguido da França (18%) e da Alemanha Ocidental (11%).
Cerca de dezoito países europeus receberam benefícios do Plano. Apesar de ter sido prometida, durante a guerra, que receberia ajuda financeira, a União Soviética recusou-se a participar do programa por medo de perder sua independência econômica. Além disso, também bloqueou a possível participação de países da Europa Oriental, como a Alemanha Oriental, Checoslováquia, Hungria e Polônia.
Os Estados Unidos forneceram programas de ajuda similares na Ásia, mas não faziam parte do Plano Marshall.
Destaca-se, no entanto, que o papel dos Estados Unidos na rápida recuperação tem sido debatido. Muitos rejeitam a ideia de que apenas o país milagrosamente reviveu a Europa, já que as evidências mostram que uma recuperação geral já estava em andamento.
As subvenções do Plano Marshall foram concedidas a uma taxa que não era muito maior em termos de fluxo do que a ajuda anterior da UNRRA e representavam menos de três por cento da renda nacional combinada dos países receptores entre 1948 e 1951, o que significaria um aumento no crescimento do PIB de apenas 0,3%.
A tabela abaixo, cujas informações foram tiradas do livro The Marshall Plan Fifty Years Later, mostra a ajuda do Plano Marshall por país e ano (em milhões de dólares).
O Plano Marshall resultou em incrível crescimento econômico para os países europeus envolvidos e grande influência, fazendo os beneficiados terem dívidas em dólares para depois pagá-las.
De 1948 a 1952, a Europa experimentou o período de máximo crescimento econômico de sua história. A produção industrial cresceu 35% e a produção agrícola havia superado níveis dos anos pré-guerra.
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Rodrigo Rebecchi
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