Sem palavras para descrever o Crash que vivemos nos Mercados nos últimos 15 dias. Não vou falar que é algo sem precedentes, porque já tivemos a Grande Depressão em 1929 e a Crise do Subprime em 2008. O Surto do Coronavírus é algo que se compara a esses 2 eventos.
Bancos Centrais pelo mundo afora então agindo de forma conjunta para tentar controlar as QUEDAS SEM FIM das suas Bolsas e seus ativos. Cortar as taxas de juros e aumentar os programas de estímulos (Afrouxamento Quantitativo) tornou-se um procedimento padrão.
O FED, o mais importante de todos, foi quem realmente assustou de vez os investidores. Agindo com a melhor das intenções para prevenir maiores danos do vírus, cortou seus juros 2 vezes nos últimos dias em sessões extraordinárias. Voltamos ao patamar pós-crise de 2008, com os juros americanos entre 0 – 0,25%.
Além disso, injetou aproximadamente 1,5 trilhão de dólares na economia. Foi um movimento reativo maior e mais rápido do que aconteceu em 2008.
Ora, se o Banco Central mais importante do mundo toma essas medidas, quem somos nós, meros mortais, para desdenhar da capacidade destrutiva do vírus na economia?
Pois bem, a minha opinião é de que não será o fim do mundo, mas 2020 já está perdido. As empresas e os trabalhadores vão ter de descobrir como sobreviver para recomeçar tudo em 2021. Esqueça as projeções de ganhos para esse ano.
Acredito que o melhor que possamos fazer no momento é respeitar as orientações de quarentena para controlarmos a disseminação e assim superarmos o Coronavírus mais rápido para que a vida volte ao normal o quanto antes.
Partindo-se para a nossa Análise Gráfica, trago o gráfico do S&P500. Para fazer sentido vamos observá-lo no período mensal.
No último trimestre de 2018 tivemos uma queda brusca, de aproximadamente 21,50%. Foi a pior queda do 4º trimestre de um ano desde a Crise de 1929.
Pois bem! Note como o suporte foi na região de 2.315,00. Após as quedas de mais de 30% nos últimos dias pelo surto do Coronavírus, os preços se aproximaram novamente dessa região de “fundo do poço”. Seria um presságio de que as quedas podem estar acabando?
Não tem como cravar isso, mas é fato que o valor das empresas já desperta o interesse dos Grandes Investidores. Pessoas e instituições com muito dinheiro e controle emocional para comprarem grandes quantidades de Ações com os mercados estão desabando, visando o potencial de valorização no longo prazo.
Se confirmado o fim da queda, poderemos ter o início de um rali de alta para os próximos meses, que provavelmente testará a região de interesse entre 2.730,00 até 2.855,00.
Se caso o pânico continuar tomando conta do mercado a ponto de romper os 2.315,00, poderá se abrir espaço para mais quedas até a região entre 2.190,00 até 2.030,00.
Desejo sinceramente que a sua conta sobreviva a esse caos e que você possa desfrutar de bons investimentos no futuro. Vamos seguir acompanhando esse momento histórico dos mercados.
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Abraços!
Rodrigo Rebecchi
*Ativos negociados em conta margem possuem grau de risco para o seu capital. Quaisquer previsões não são um indicador fiável de performance futura e a decisão de atuar com base nas ideias e sugestões apresentadas são da responsabilidade do leitor. *Imagem ilustrativa: istockphoto.