Em 2020, a Bolsa de Valores sofreu um boom. Atraídos pela crise do coronavírus, que levou os juros lá embaixo, os investidores procuraram pelas ações como nunca antes visto. E uma das particularidades desse aumento de procura foi a quantidade de mulheres que começou a investir na Bolsa.
Em 2020, a participação das mulheres na Bolsa dobrou. Em 2019, eram 388.658 mulheres; no ano seguinte 847.585, um crescimento de 118,1%. Elas representaram 26,2% das 3,2 milhões de pessoas físicas cadastradas ao longo de 2020. Os Estados do Distrito Federal (27,63%), Rio de Janeiro (26,72%), Amapá (26,64%) e São Paulo (26,43%) têm a maior proporção de investidoras.
As mulheres hoje estão participando efetivamente do mercado financeiro, comprando e vendendo ações. E especialistas acreditam que essa não é só uma tendência, mas sim, um comportamento que veio para ficar.
Há quem diga que as mulheres são melhores investidoras. Por que? Porque são, em geral, mais cautelosas. Costumam ser também mais estrategistas, analisam mais na hora de investir em uma ação, gastam mais tempo nas decisões, são mais realistas e compram de empresas que acreditam a longo prazo.
Apesar dos números crescentes, as mulheres ainda correspondem a apenas ¼ dos investidores da Bolsa de Valores. Mas vale destacar que, até 1962, elas não podiam sequer abrir uma conta em um banco sem ter a autorização do pai ou do marido. Cada vez mais, elas estão dentro do mercado financeiro. E o conceito de “homens são para as exatas, mulheres para as humanas” fica cada dia mais ultrapassado. Um longo caminho de mudanças já foi percorrido até aqui. E este caminho promete.